CRÔNICA: VOLTANDO À CENA DO CRIME – POR JOAQUIM BRANDÃO
Novamente acordei assustado… Assim, de repente… Sabe aquela coisa de ser arrancado do sonho e vir parar na realidade???… Pois foi assim… Sem mais… Num instante estava numa dimensão, no outro, fui jogado nesse mundo… Deixa pra lá…
Hoje eu não escutei a buzina do vendedor de pão… Simplesmente, não escutei… Esperei um pouco, como da primeira vez, e nada… Mas pela fresta da janela, dava a impressão de ainda ser cedo… O sol não mostrava sua cara…
Acordei seis e pouco, como acontece sempre… Pois é, já estou criando uma certa rotina, nessa coisa de dormir e acordar… E como meu compromisso era à tarde deste sábado, resolvi tirar mais um sono e dormi pesadamente… Olhei no relógio do celular e constatei: 09:03…
Estou voltando para a cena do crime… Estou me referindo a uma história de três anos e a morte de um grande amigo… Não, ele não foi assassinado, estou apenas criando um clima… Mas posso afirmar, que a morte do meu amigo, foi uma história muito louca… Naqueles dias, nós vivemos muitas loucuras… Coisa de gente que não teme o perigo…
Eu estava animado desde ontem, afinal eu vou rever a rua, a casa, a pracinha, a padaria e pessoas, com as quais convivi durante três anos… Também tenho que dizer que vou pegar o ônibus, que foi meu veículo de locomoção, durante o tempo que fiquei por aquele lugar…
Me armei…
Peguei o álcool em gel, a toalhinha, a carteira, o celular já com o fone de ouvido e me pus a caminho do ponto de ônibus… Como nos bons tempos de adolescência, enquanto caminhava, me pus a tocar e a cantar… Tudo discretamente, claro… Naquele momento, senti que o dia prometia… E aqui estou eu, a caminho de mais uma reunião…
É isso…
Grande abraço a todos…
Quem conversa com ele 10 minutos não sai sem aprender algo além de ter dado muitas e boas gargalhadas.
Joaquim Brandão escrever