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Estudo revela que 13% dos estudantes não acessaram a internet durante a pandemia

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Estudo revela que 13% dos estudantes não acessaram a internet durante a pandemia

Estudo inédito aborda acesso e uso da Internet por estudantes e nas escolas paulistas

Estudo inédito, resultado da parceria entre o Seade e o Cetic.br/NIC.br, analisa a disponibilidade de dispositivos e a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para práticas pedagógicas, em estabelecimentos de ensino públicos e privados urbanos do estado de São Paulo. Seus dados contemplam ainda o acesso e a utilização da Internet por estudantes, disponibilidade de equipamentos e as práticas desses alunos no uso da rede.

Acesso e uso individual da Internet pelos estudantes

No Estado de São Paulo, 88% dos estudantes foram classificados como usuários da Internet (aqueles que fizeram uso da rede nos três meses que antecedem a entrevista), sem distinção significativa entre alunos das redes de ensino pública ou privada. Apesar do acesso ser corriqueiro, 13% dos estudantes (cerca de 140 mil) não acessaram a rede nos três meses que antecederam ao levantamento.

Equipamentos disponíveis nos domicílios dos estudantes

Computadores de mesa existiam em 42% dos domicílios paulistas, em patamar superior nas residências de alunos da rede privada (62%), comparadas aos estudantes da pública (38%). O registro da presença de computadores portáteis e tablets segue essa mesma tendência de oferta maior entre estudantes da rede privada, o que situava esses alunos em melhores condições de adaptação ao ensino remoto.

Dispositivos utilizados para acessar a Internet

O telefone celular foi o dispositivo mais utilizado para acessar a Internet entre os estudantes, independentemente da rede escolar na qual estudam. Para cerca de metade dos estudantes, no entanto, houve opções como computadores portáteis ou de mesa, dispositivos que estão associados à realização de atividades pedagógicas mais interativas, como fazer lições e exercícios, produzir apresentações e participar de avaliações ou provas, além de serem mais cômodos para acompanhamento de aulas online.

No estado de São Paulo, 11% dos estudantes reportaram acessar a Internet exclusivamente pelo telefone celular (cerca de 116 mil), patamar que se elevou para 13% entre os alunos da rede pública (cerca de 115 mil), situação incomum para aqueles de escolas privadas (1%).

Atividades realizadas na Internet

A prática de realizar pesquisa para trabalhos escolares, por curiosidade ou para aprender algo que não sabia, foi reportada por aproximadamente 90% dos estudantes usuários da rede. Houve registro significativo da prática de ler ou assistir notícias na Internet (80%).

A implementação do ensino remoto requer habilidades específicas dos estudantes, porém, uma parcela pequena dos alunos (17%) reportou familiaridade com a realização de cursos pela Internet. Os dados mostram ainda que apenas 37% dos alunos afirmaram ter usado a Internet para fazer provas ou simulados.

Acesso a computador nas dependências da escola

A totalidade das escolas urbanas paulistas conta com computadores e acesso à Internet, independentemente da rede de ensino ser pública ou privada. Há desvantagem na rede pública quanto ao número de alunos por computador para uso pedagógico. Em dois terços das escolas públicas, cada computador é compartilhado por mais de 20 estudantes. Na rede privada, os equipamentos são proporcionalmente compartilhados por menos alunos (até 20).

Acesso à Internet na escola

O acesso à Internet sem fio no ambiente escolar, recurso que pode potencializar a adoção de dispositivos móveis para fins pedagógicos, foi ofertado em 88% das escolas urbanas paulistas e universalizado nos estabelecimentos educacionais privados. As escolas públicas reportam acesso à Internet mais frequente em laboratórios de informática, enquanto nas instituições privadas o uso prepondera em salas de aula e bibliotecas. A despeito de estar presente nas escolas, o acesso à Internet sem fio não era permitido aos estudantes na maioria dos estabelecimentos, independentemente da rede de ensino.

A pesquisa TIC Educação 2019 foi realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2019 e investiga o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental e Médio, com enfoque no uso pessoal desses recursos pela comunidade escolar e em atividades de gestão, ensino e aprendizagem. A população-alvo do estudo é composta pelas escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares em atividade, localizadas em áreas urbanas do Brasil e que oferecem ensino na modalidade regular em pelo menos um dos níveis de ensino e séries. Três séries são investigadas: 4a serie / 5o ano do Ensino Fundamental I, 8a serie / 9o ano do Ensino Fundamental II e 2o ano do Ensino Médio.

Fonte:

O Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).

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