A música me alimenta, a música me leva adiante, a música me dá motivos para continuar, para seguir em frente, independente dos obstáculos, das dificuldades… Ela, a música, me leva a sonhar, a imaginar, até a delirar, e dessa forma, me abasteço de ideias, para enfrentar e driblar a realidade…
Me tornei um mestre em dar voltas na realidade… Há!!!… A realidade pensa que me pega, que me aprisiona, mas quando ela menos espera, estou eu saindo fora do cerco, da armadilha… Temos que ser corajosos e cheios de malícia…
Hoje estive em uma cidade, onde cheguei apenas na intenção de realizar um projeto e fiquei… Ali a realidade armou uma para me pegar… Fiquei por dez longos anos, andando de um lado para o outro, sem um resultado desejado… Sim, eu era um forasteiro, e certas cidades adoram manter esse tipo de gente sob controle… Não importa o que você faça ou o caráter que você carrega… As verdades se tornam mentiras, e as mentiras se tornam verdades…
Mas a rua A. B. Coutinho, tem muita coisa de mim… Criei ali um DNA, por mais que seja rejeitado… Por ali fiz alguns amigos e muitos inimigos… Ali conheci dois demônios encarnados… Por ali, rezei, sorri, gargalhei e chorei, solitariamente, envolvido pela parca iluminação, que me obrigava a me abraçar à escuridão…
Mas há quem lhe dê razão para acreditar que todos os tipos de loucuras, valem a pena… Gileno é uma dessas pessoas, que é abastecido pela luz divina, alicerçado pela ponderação e pela compreensão… E na sua simplicidade, Gileno é um sábio… O que estraga, é que ele é São Paulino…
Pois bem, depois de ter realizado um encontro, para assinar um documento, por mais dificuldade que eu tenha de andar, caminhei algumas quadras, pra me sentar e ter dois dedos de prosa… E hoje a rua estava coberta por um belo sol… Ali, pra quem não sabe, depois da 25 de Março, é o maior corredor e a maior arrecadação, de lojas a céu aberto… É o mundo ambulante de Oz…
E nessa de idas e vindas, eu sempre tenho o prazer de encontrar alguém com quem tenho uma afinidade… E é, exatamente isso, e mais a música, mas sem esquecer das outras artes, como a literatura, que me motivam a seguir em frente e a destroçar quantos leões, que resolverem surgir na minha frente… Aprendi a não ter medo, a não ter receio… O negócio é olhar bem de frente, sorrir diante de ameaças e a falar no tom adequado e suficiente… Certo, irmão???!!!…
É isso…
Grande abraço a todos…
Quem conversa com ele 10 minutos não sai sem aprender algo além de ter dado muitas e boas gargalhadas.
Joaquim Brandão escrever