Início Estilo de Vida Reflexões do tarô: o paraíso ou o inferno nos relacionamentos

Reflexões do tarô: o paraíso ou o inferno nos relacionamentos

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Quando se trata de amor, grande parte dos relacionamentos causam frustração, relações
superficiais que não se aprofundam e terminam como se pessoas pudessem ser substituídas por outras, sem que haja sequer alguma tentativa de superação dos desafios.

Não significa que os relacionamentos devam durar uma vida inteira ou serem perfeitos, mas quando duas pessoas se envolvem, está subentendido o respeito pelos próprios sentimentos e pelos sentimentos do outro. Mas será que isso sempre acontece?

Há duas cartas no tarô de Rider Waite que gostaria de apresentar para falar dos relacionamentos, são elas: Os amantes e O diabo.

Vamos então olhar para cada uma dessas cartas. Na primeira carta, a dos amantes, de número 6, vemos um casal no paraíso. Essa é uma imagem de amor, o homem e a mulher em um ambiente fértil, ao lado de cada um há uma árvore, ela está próxima a árvore do
conhecimento do bem e do mal, onde notamos também a presença da serpente – um símbolo ambíguo que representa tanto o mal quanto a regeneração.

Baralho de cartas Tarot Rider-Waite. Arcanos Maiores. VI Os Amantes

Já o homem está ao lado de uma árvore com pequenas chamas, que são símbolos de transformação e criatividade. Atrás do casal vemos um anjo como que os inspirando, simbolizando pensamentos claros e elevados.

 

 

Baralho de cartas Tarot Rider-Waite. Arcanos Maiores. XV o demônio

Já na carta denominada O Diabo, vemos o inverso: um casal acorrentado, um ambiente escuro, lúgubre, um anjo diabólico, seria como o casal da carta 6 após serem expulsos do paraíso.

A carta é de número 15 (1+5=6). O número 5 é o transgressor, o movimento, sentidos e
sensações.

Já o número 1 é o início, o único, Deus, mas também o ego. Pelo contexto da carta podemos entender que seu número também é 6, mas que este ainda está dividido entre o mundo dos sentidos e do ego, por isso a carta está relacionada com ambição, prazer, luxúria, limitação, dependência, ambiente que torna qualquer relação infernal. Existe o prazer pelo prazer e desconexão consigo mesmo, o casal parece estar inconsciente da sua situação de acorrentados.

Quando entramos em um relacionamento amoroso muitas vezes somos visitados por estes
sentimentos considerados negativos, nos sentimos divididos e negligenciados.

Isso pode ser visto na carta dos amantes no paraíso, a serpente está ali à espreita e tão logo o fruto seja provado, adquirimos consciência do bem e do mal, e portanto, nos tornamos responsáveis por nossa própria felicidade no amor.

Assim, quanto mais decisões conscientes você toma, consequentemente mais verdadeiro é o seu caminho e maiores são as chances de estar numa relação em que há verdade, confiança e entrega.

Na numerologia pitagórica, o 6 corresponde a 2 triângulos, um com o vértice voltado para cima e outro para baixo, ou seja, dois triângulos opostos entrelaçados. Um número de harmonia entre em cima e embaixo.

Hoje procuramos perfeição, estar sempre bem e feliz. Mas ao reconhecermos a sombra e
permitirmos sua existência, levamos até ela um pouco de luz. Assim, questões antes
conflituosas passam a ter outro significado e podemos aprender com elas.

E você, está sendo verdadeiros consigo e com o outro? Ou será que está esperando que o
outro preencha suas idealizações? Está sendo um protagonista da sua própria felicidade?

Às vezes esperamos que alguém nos salve do nosso vazio em vez de respirar fundo, criar
coragem e dar um passo à frente contemplando o abismo como parte da paisagem da vida a dois.

Reflexões do tarô: A quarentena e a carta do pendurado - por Ana Carolina PinheiroAna Carolina Pinheiro é especializada em Psicologia Junguiana pelo IJEP – Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa, é idealizadora do Tear do Self, um espaço voltado ao autoconhecimento, onde são realizados atendimentos em psicoterapia, consultas de Tarô na abordagem terapêutica, encontros, estudos e muito mais. Acompanhe em www.teardoself.com ou nas principais redes sociais.

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