Neste mês de dezembro, decidi perguntar ao tarô sobre qual carta eu poderia refletir.
Curioso que “por acaso” a resposta que saiu foi a continuidade da última carta que vimos, o Sol, onde falamos da importante relação com a Criança Interior.
Estamos aqui bem próximos do final da sequência de 22 cartas dos arcanos maiores do
tarô que vai da carta do Louco até a do Mundo, mas, estamos também no final do ano de 2020 – que foi bem desafiador, por sinal.
A carta 20, é denominada O Julgamento, nela há uma nítida mudança de cores e símbolos em comparação com a carta anterior.
Na carta O Sol, temos a presença do calor e das cores quentes. Já em O Julgamento,
vemos montanhas gélidas e, no lugar do sol, um anjo tocando a trombeta, simbolizando que uma mensagem importante vinda do céu está chegando.
Há uma predominância da cor cinza, que pode significar indecisão, ou também uma certa sabedoria, visto que é resultado de um equilíbrio entre o preto e o branco.
Além disso, o azul também predomina, e esta cor é ligada às emoções.
Vemos algumas pessoas na carta em pé sobre seus caixões, sendo claramente uma alusão ao dia do juízo final.
A soma do número 20 (2+0) é dois e se conecta com a carta da papisa: o útero sagrado do mundo, a noite, o desconhecido, água e ciclos. Com isso, podemos entender a importância da introspecção para o fechamento deste ciclo.
O Julgamento indica que é o momento de se permitir olhar para dentro e rever o que
aconteceu ao longo do ano.
Pensando no que você poderia ter feito diferente,
reconhecendo o que foi aprendido e o que precisa ser aprimorado.
É um ritual de passagem e um momento de transição. É uma oportunidade de
amadurecimento e também uma drástica mudança.
Isso serve para o final do ano, mas também para os pequenos ciclos que passamos ao
longo da vida. Assim, é possível vivenciar os términos como oportunidades de crescimento.
Podemos fazer esse julgamento interior todas as noites antes de dormir, pensando sobre o nosso dia, o que nele foi bom e o que precisa ser aprimorado em nossas atitudes.
2020 foi um ano um tanto quanto pesado e todos nós queremos que ele termine logo. Mas é importante o ritual de encerramento para que este delimite essa mudança também no interior de nós mesmos, para que os aprendizados possam ser interiorizados.
Algumas pessoas simplesmente se deixam levar pela vida, mas se você está em busca deconsciência, o ritual pode ser mais profundo do que uma contagem regressiva.
Pode ser esse julgamento, não condenatório, mas de discernimento, de separar aquilo que está em sintonia com seus anseios e aquilo que você quer deixar para trás.
Desejo que todos possamos ter uma passagem consciente para que o próximo ano seja não apenas de aprendizado, mas também de reparação.