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Estudo no exterior: conheça histórias de jovens brasileiras que foram atrás do sonho do diploma internacional

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Estudo no exterior: conheça histórias de jovens brasileiras que foram atrás do sonho do diploma internacional

“Jovens brasileiras compartilham suas jornadas de estudo no exterior. Conheça histórias inspiradoras de dedicação, superação e conquistas em universidades internacionais.”

O número de brasileiros que buscam formação superior no exterior cresce de forma significativa. Segundo a consultoria imigratória Viva América, o número de brasileiros matriculados em instituições de ensino nos Estados Unidos cresceu 10% em 2023, maior índice registrado até agora na série histórica, chegando a 41.704 matriculados, incluindo alunos do ensino médio, universitários, estudantes de cursos técnicos e participantes de programas de intercâmbio.

Esse dado reflete o desejo de jovens em expandir seus horizontes acadêmicos e profissionais — uma jornada difícil e desafiadora, mas recompensadora. Maria Laura Doná Mourão, Maria Luísa Rayes, Letícia Prado e Caroline dos Anjos são exemplos de estudantes brasileiras de coragem, determinação e visão de futuro, que buscaram oportunidades além das fronteiras.

Do sonho à Harvard Medical School

Desde criança, Maria Laura Doná Mourão sabia que queria ser médica. Crescida em uma família com recursos limitados, ela encontrou no concurso de bolsas da Escola Internacional de Alphaville a chance de aprender inglês e investir em seu futuro. “Aos 12 anos, vi no jornal do bairro que a escola oferecia bolsas. Fui aprovada e comecei a estudar lá. Foi onde aprendi inglês e desenvolvi a base para todos os meus passos seguintes”, conta.

Após concluir o ensino médio, Maria Laura optou por cursar Medicina no Brasil, por questões financeiras. Contudo, o sonho de trabalhar no exterior permaneceu vivo. Hoje, como Research Fellow (espécie de bolsista acadêmico) em pediatria no Boston Children’s Hospital e no Beth Israel Deaconess Medical Center, ambos filiados à Harvard Medical School, ela vive o resultado de anos de esforço e planejamento.

“Passei por um rigoroso processo seletivo para entrar no programa International Researcher Initiative, que envolveu envio de currículo, cartas de intenção e recomendação, além de várias entrevistas. Trabalhar com líderes da área tem sido uma experiência extraordinária, que me inspira a buscar sempre mais”, relata.

Com planos de se candidatar à residência médica nos Estados Unidos, Maria Laura incentiva outros jovens a persistirem em seus sonhos. “Seja qual for o seu objetivo, trace um plano e trabalhe para alcançá-lo. A jornada não é fácil, mas com dedicação e disciplina, você pode chegar onde quiser.”

Estudo no exterior: conheça histórias de jovens brasileiras que foram atrás do sonho do diploma internacional

Maria Laura Doná Mourão foi bolsista na Escola Internacional de Alphaville e hoje é Research Fellow em hospitais afiliados à Harvard Medical School. Foto: Arquivo Pessoal.

Do Ensino Médio no Brasil ao High School em Nova Iorque

Maria Luísa Rayes é um exemplo de superação e coragem. Nascida no Brasil, ela decidiu seguir seu sonho de estudar fora e se mudar para Nova York, cursando o High School na EF Academy New York. Sua trajetória, no entanto, não começou do outro lado do mundo, mas em um lugar que foi fundamental para sua jornada: durante o Ensino Fundamental na Escola Bilingue Aubrick.

A experiência na Aubrick, para Maria Luiza, foi essencial. “Foi lá que minha história começou”, diz. Quando ainda estava no Brasil, Maria Luiza se destacava pela dedicação e pela vontade de aprender. Sua experiência na escola bilíngue foi transformadora, não só porque aprendeu a dominar o inglês, mas porque lá encontrou um ambiente que a incentivou a descobrir suas paixões, como o teatro e a escrita.

As aulas de português, especialmente, foram uma das maiores fontes de inspiração e uma base sólida que a ajudou a se destacar no exterior. O teatro, que era obrigatório na escola, também foi um pilar importante na sua formação, um espaço onde ela se descobriu e fortaleceu sua confiança.

Quando chegou a Nova York, Maria Luiza já era fluente em inglês, mas mesmo assim enfrentou desafios. “No começo era difícil formar as frases e me expressar com clareza”, conta ela. A preparação que teve na Aubrick, no entanto, foi crucial. “Foi lá que aprendi a me comunicar de forma precisa, com o vocabulário e a pronúncia necessários. Sem isso, não sei o que faria”, reflete com gratidão.

Nos EUA, a jovem decidiu trilhar seu próprio caminho, aproximando-se mais das artes, e por isso, ajustou sua grade curricular para se concentrar no que mais a inspira, diminuindo a carga horária de outras disciplinas das quais não tem tanta familiaridade. Essa coragem de seguir seus próprios desejos, de fazer escolhas ousadas, reflete a determinação que sempre teve desde seus tempos na Aubrick.

Maria Luiza também compartilha uma dica importante para outros estudantes: “Não tenha vergonha de falar, mesmo se você errar. Uma hora, tudo vai sair certo. A confiança é fundamental.” Ela aconselha, ainda, a se preparar para as diferenças culturais e acadêmicas de estudar fora, sem deixar que o medo ou as dificuldades a impeçam de seguir seus sonhos.

Hoje, Maria Luiza se sente mais preparada do que nunca para o futuro. Ela já sabe que sua paixão é o teatro e a escrita, e pretende seguir esses caminhos na faculdade. E embora sua jornada esteja apenas começando, ela já é um exemplo de que, com coragem, perseverança e o apoio certo, é possível transformar desafios em oportunidades e conquistar o que se deseja.

Maria Luiza fez o Ensino Médio no Brasil e buscou o High School no exterior. Foto: Divulgação.

Ousadia e resiliência no design internacional

A paixão de Letícia Prado por arquitetura nasceu no início do Ensino Médio, quando ela começou a sonhar com uma carreira que unisse criatividade e técnica. Aluna do Brazilian International School – BIS, ela encontrou na equipe escolar um apoio fundamental para transformar esse sonho em realidade.

“O colégio tem uma conselheira de carreiras, que me ajudou em todas as etapas, desde escolher as universidades que se alinhavam à minha área até a preparação para o SAT e o TOEFL, exames essenciais para ser aceito nos processos de admissão das instituições de ensino. Foram muitas conversas e ajustes, mas cada momento foi essencial para que eu pudesse ser aceita na Abilene Christian University“, conta Letícia, que cursa Interior Design/Architecture com ênfase em negócios.

No entanto, embarcar para os Estados Unidos não foi fácil. Letícia relembra os desafios da adaptação: “A cultura é completamente diferente, e falar outra língua o tempo todo é desgastante. Mas o mais difícil foi lidar com a saudade de casa e da minha família. Apesar disso, cada dia longe me trouxe lições de resiliência e independência”.

Letícia já percebe a transformação que estudar no exterior trouxe para sua vida. “Eu me tornei mais independente e passei a enxergar o mundo de forma mais ampla. Essa experiência tem sido incrível, não apenas do ponto de vista acadêmico, mas também pessoal. Cada desafio me ensina algo novo”, reflete.

Com planos de atuar em set design ou commercial design, Letícia tem uma mensagem poderosa para quem deseja trilhar o mesmo caminho: “Aproveitem cada etapa e se preparem emocionalmente. O processo é longo e desafiador, mas é importante viver o presente sem deixar a ansiedade consumir vocês. Saibam que a experiência vale a pena e que vocês sairão dela transformados.”

Letícia Prado cursa Interior Design/Architecture com ênfase em negócios na Abilene Christian University. Foto: Arquivo Pessoal

Transformando paixão em inovação

Caroline Haberkorn dos Anjos sempre foi apaixonada por biologia e sonhava em ser cardiologista. No entanto, no segundo ano do ensino médio, a jovem percebeu que queria algo que unisse ciência e tecnologia. Foi então que escolheu a bioengenharia. “Eu queria fazer algo significativo, e a possibilidade de trabalhar no desenvolvimento de próteses e órteses me fascinou. Decidi que era isso que eu queria para o meu futuro”, relembra a estudante internacional, hoje na University of New Hampshire.

Estudante do Brazilian International School desde os três anos de idade, Caroline teve lá um suporte crucial. “O processo de aplicação é muito burocrático e envolve traduções juramentadas, cartas de recomendação e muitos documentos. Felizmente, tive uma conselheira do colégio ao meu lado. Ela me orientou em cada etapa, respondendo às minhas dúvidas e me ajudando a manter o foco”, diz.

Ao chegar aos Estados Unidos, Caroline enfrentou o choque cultural e a saudade. “Os primeiros meses foram difíceis. Senti falta dos meus amigos, da minha família e até da comida brasileira. Mas, aos poucos, formei amizades e comecei a me adaptar. Hoje, posso dizer que viver nos Estados Unidos é uma experiência transformadora, tanto pessoal quanto profissional”, destaca.

Para o futuro, Caroline está dividida entre buscar uma vaga de trabalho nos Estados Unidos ou continuar os estudos em um mestrado. Sua dica para outros estudantes é simples, mas poderosa: “Mantenham a mente aberta e confiem no processo. Nem sempre as coisas saem como planejado, mas a jornada pode levar vocês a lugares que nunca imaginaram.”

Caroline Haberkorn dos Anjos está no terceiro ano do curso de Bioengenharia na University of New Hampshire. Foto: Arquivo Pessoal.

Para mais histórias inspiradoras e dicas sobre estudos no exterior, acesse o site da Folha de Itapevi ou siga as redes sociais:

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