Um casal teve prisão decretada, no sábado (8), por suspeita de matar o próprio filho de três meses asfixiado em Itapevi, cidade na Grande São Paulo. Este é o segundo caso em que pais são suspeitos de matar os filhos neste final de semana.
De acordo com o registro da Polícia Civil, policiais militares foram acionados depois de a criança dar entrada no Pronto-Socorro do município com indícios de maus-tratos. Os pais, de 24 e 25 anos, alegaram que o bebê havia sufocado com leite e, por isso, o levaram à unidade de saúde.
O delegado responsável pelo caso solicitou exame toxicológico que não apontou presença de leite na garganta, esôfago ou estômago da criança. Assim, a versão de sufocamento por leite não era possível, mas o resultado apontava para “sufocamento mecânico, possivelmente criminoso”.
O relato policial indica que a mãe confessou que a gravidez era indesejada e que estava “cansada daquela vida”, conforme consta no boletim de ocorrência.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Itapevi como homicídio duplamente qualificado, por ser cometido com asfixia e por tornar impossível a defesa da vítima.
“No primeiro contato, foi perceptível que a mãe não demonstrava a emoção que era esperada em razão da morte do filho. Isso chamou a atenção. Todavia, esperamos a conclusão do laudo, que poucas horas depois, demonstrou, de modo técnico, que os pais estavam mentindo. A morte do bebê teve origem criminosa”, afirma o delegado Adair Marques Correa Jr., ao g1.
Com o exame, a Polícia Civil decidiu solicitar a prisão temporária do casal por 30 dias, o que foi aceito pela Justiça ainda na noite de sábado, conforme decisão da juíza Carolina Conti Reed.
Outra morte suspeita em Osasco
Na sexta-feira (7), uma mulher de 35 anos foi presa suspeita de espancar e matar o filho de 5 anos em Osasco, também na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o menino teve a morte constatada após dar entrada na UPA da Vila Menck com lesões na cabeça e braços.
A ocorrência foi registrada no 5º Distrito Policial de Osasco e a mulher permaneceu detida em flagrante. Por se tratar de uma vítima menor de idade, a pasta não encaminhou outros detalhes sobre o caso.