Ministro por 5 dias, o professor não chegou nem a tomar posse com tantas mentiras descobertas em seu currículo.
Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira , 30, uma carta com seu pedido de demissão do Ministério da Educação (MEC) ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após diversas mentiras terem sido descobertas no currículo do professor. A informação foi confirmada por ele ao jornal Folha de S.Paulo.
Por mais que Bolsonaro tenha publicado uma mensagem, nas redes sociais, elogiando Decotelli, desde a noite desta segunda-feira, 29, já se falava na saída do ministro pela situação insustentável.
Passagem relâmpago, Decotelli ficou 5 dias no cargo e não chegou nem a tomar posse. Marcada para ontem, a cerimonia foi adiada, justamente, pelas inconsistências em seu currículo, com doutorado (na Argentina) e pós-doutorado (na Alemanha) inexistentes.
Desde que foi anunciado para assumir a vaga de Abraham Weintraub, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas.
A mais recente surgiu nesta terça-feira. 29, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) negou que Decotelli tenha trabalhado como professor em alguma escola da instituição, contradizendo o ministro.
Na segunda, a Universidade de Wüppertal, na Alemanha, negou que Carlos Alberto Decotelli estudou por dois anos na instituição, como consta no Lattes do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Segundo a universidade alemã, o novo ministro do MEC conduziu pesquisas na instituição por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.
Um dia pós de ser anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como ministro, Carlos Alberto Decotelli teve o título de doutor questionado pelo reitor da Universidade Nacional de Rosário.
“Cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar”, disse Franco Bartolacci.