Trecho com duas paradas é operado de forma gratuita atualmente com trens antigos da Série 5400. Edital prevê mudança após investimentos
Os passageiros que utilizam hoje a extensão operacional da Linha 8-Diamante, da CPTM, deverão ter motivos para comemorar quando o ramal for concedido à iniciativa privada em 2021. Dentro dos planos anunciados pelo governo do estado estão a reforma das estações Amador Bueno e Santa Rita, além da reconstrução da parada Ambuitá, que foi desativada juntamente com Cimenrita (mas que não está nos planos do governo).
Com pouco mais de 6 km de extensão, o trecho foi reaberto em 2014 pelo então governador Geraldo Alckmin utilizando trens da Série 5400. Durante esse período, o serviço não está sendo cobrado, Isso só ocorre a partir de Itapevi, final da parte principal da Linha Diamante. Mas nesse caso, a concessão prevê que os usuários passarão a ter tarifa cobrada também pela extensão.
Segundo consta de um anexo do edital de concessão das linhas 8 e 9, “a supressão do serviço de traslado de ônibus deverá ocorrer após o início de operação da Estação Ambuitá (a ser construída), do término das reformas das estações Santa Rita e Amador Bueno e da eliminação das três passagens em nível existentes no trecho entre Itapevi e Amador Bueno. Com essa reconfiguração física e operacional, será iniciada a cobrança regular do direito de viagem para embarque“.
A CPTM não divulga qual é o número de passageiros que utiliza a extensão, mas o site apurou que a circulação em dias úteis não chega a 3 mil pessoas e cai para cerca de 2.000 aos sábados e por volta de 1.200 usuários aos domingos. A Linha 8 como um todo transportou 5,8 milhões passageiros em outubro, dado mais recente disponibilizado pela companhia. Itapevi responde por 560 mil passageiros desse total.
Fim dos ônibus gratuitos
Como citado no edital, também o serviço de ônibus gratuito que hoje é oferecido como compensação pelo fim das estações Ambuitá e Cimenrita será descontinuado assim que a futura concessionária concluir os investimentos na região. A ação deveria ter sido provisória enquanto as duas estações não eram recuperadas pela gestão anterior, mas isso nunca ocorreu.
Resta saber como a concessionária fará a operação no trecho da extensão, se nos moldes atuais (mas com pagamento de tarifa) ou se deve realizar algumas viagens até Amador Bueno, com intervalos parecidos com os atuais, que giram em torno de 30 minutos. Praticamente certo é o fim da utilização dos velhos trens da Série 5400, mas isso apenas quando a nova frota de 34 trens que será comprada por ela seja entregue.
O contrato de concessão também abriu a possibilidade de a empresa privada que vencer o leilão ofereça serviços até Sorocaba, reativando trechos da ferrovia que hoje só estão disponíveis para transporte de carga ou abandonados.
Com informações do SP Sobre Trilhos.