O convite aqui é dialogar e refletir sobre como se dá a nossa construção de Identidade na contemporâneidade e de como as pessoas estão construindo e atribuindo sentido existencial para a vida, num mundo em que a tecnologia predomina influenciando e interferindo nas relações humanas de forma geral.
Essa questão me indaga em muitas reflexões, pois vejo com certa frequência no consultório, nas minhas trocas com colegas de trabalho do quanto há um sofrimento significativo das pessoas em relação a sensação de vazio, falta de referências, desconexão com a suas raízes e preocupados em TER para SER. E nesse TER vejo uma humanidade caminhando para o consumo, para o rápido e descartável, sem aprofundamento e consolidação de suas vivências e conquistas.
Penso que é um desafio da humanidade olhar para a sua humanidade e dar se conta de que o humano não é tão simples e muito menos mecânico, como as coisas são. Diferente de coisas, somos pessoas que lidam com emoções e os índices de depressão, ansiedade, stress e doenças somáticas evidenciam esse sentir.
Como SER quando TER é que tem valor?
Estamos diante de um desafio no qual construir uma identidade humana e sensível aos valores de sua história é emergente, porém as máquinas estão cada vez mais atrativas e ágeis, fazendo cada vez mais parte da vida humana. Não tem como negar seus benefícios, mas precisamos nos atentar aos malefícios que podem trazer para nós e para as gerações futuras.
Psicóloga Josiele de Souza – CRP 06/115607
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