Vivemos em uma era caracterizada por mudanças contínuas e em grande velocidade. Por um lado é benéfico pelo desenvolvimento geral de nossa sociedade, por outro nos coloca o desafio de organizar subjetivamente essa rapidez de acontecimentos e mudanças que conflitam com nossos VALORES, CRENÇAS e principalmente com o tempo de assimilação dos acontecimentos.
NÃO PODEMOS FALHAR E NEM PERDER TEMPO!
Resultados “DEVEM” ser conquistados com brevidade e excelência e termos como inteligência emocional, pensamento positivo, mudar o mindset e tantos outros, são generalizados e viram frases de efeito desconsiderando contextos e a diversidade humana. Temos uma propagação enorme de métodos que prometem dar conta dos desejos e anseios humanos na contemporaneidade.
O universo do trabalho é um bom exemplo para caracterizarmos o quanto essas cobranças ocorrem, principalmente para quem trabalha no mundo corporativo. Frases como “trabalhe poucas horas e priorize sua saúde”, “seja produtivo e competitivo”, “faça gestão do seu tempo e entregue com excelência” são comuns nesses contextos de trabalhos.
Há uma contradição nesse modelo, pois você precisa produzir mais em menos tempo e se não conseguir “a culpa é sua”. Há incentivos para que faça cursos, processos de mentoria, ou seja, investem para que você vire uma máquina de produção e seja grato por ter essa oportunidade. O homem moderno se coloca nessa função e todo o sistema envolvido (empresa, gestores, colaboradores e etc.) espera um resultado excelente com base em suas metas agressivas e competitivas, mas esquece de considerar que, esse ser em questão, tem anseios que estão para além nesse universo, tais como estar com familiares, ter experiências culturais, realizar atividades que lhe dão prazer e satisfação pessoal.
O que acontece, na prática, é que as pessoas começam a abrir mão daquilo que é importante ficando refém do seu trabalho, resultando em síndromes de pânico, burnout (Esgotamento profissional), depressão, Estresse, ansiedade e etc.
Acredito ser importante entregar bons resultados e ter ambição profissional, o desafio é entrar em equilíbrio para não ficar refém do trabalho, afinal à vida não se resume a esse contexto e ter consciência de quais necessidades precisam ser supridas é um ato de responsabilidade e de cultivas bons resultados para a qualidade de vida.
Psicóloga Josiele de Souza – Crp 06/115607
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