O que é o estresse? E de que forma contribui e pode acarretar doenças cardíacas, infecciosas e até o câncer?
Viver em grandes metrópoles contribui para uma vida com episódios de estresse ao longo do dia, São Paulo é um prato cheio para isso. Trânsito, a vida corporativa super ativa, além das desigualdades sociais que também são fatores estressores em nosso cotidiano.
O estresse é um processo pelo qual lidamos com as ameaças e desafios ambientais, essa forma de lidar influencia no quanto de estresse experimentamos e qual a eficácia de nossa resposta. Por exemplo, ao receber um desafio no trabalho a situação pode chegar como uma ameaça (Droga! Eu não consigo realizar isso, está acima de minhas possibilidades), gerando mais estresse e uma resposta de pânico e paralisia. A mesma situação pode chegar como um desafio, ser estressora, porém mais administrável e minha resposta ser mais estimulante e focada (Que desafio, vou fazer tudo que sei).
Os eventos que acontecem em nossa vida fluem por meio de um filtro psicológico e esse filtro (muito particular para cada pessoa) contribui para a forma como lidamos com as situações. Se estiver me sentindo segura e escuto a porta ranger, mantenho meu estado de calma e equilíbrio, porém se eu estiver me sentindo insegura, o mesmo evento pode me deixar em estado de alerta e ter medo de um intruso.
O que podemos perceber é que o estresse faz parte de nossa vida e ele pode contribuir para um crescimento pessoal, como quando passamos por um momento difícil e saímos mais fortalecidos e com senso de propósito. Mas estressores também podem ameaçar nosso bem estar, nossa segurança e das pessoas que amamos e experimentar estresse prolongado e grave pode gerar danos significativos para a vida.
Situações em que o estresse é vivido por muito tempo ou em determinado momento da vida como abusos físico e psicológico e/ou eventos traumáticos, a forma de reação, na maioria, é prejudicial, pois leva a um comportamento que a pessoa vive em constante alerta (algo ruim pode acontecer a qualquer momento), esse medo pode paralisar o corpo e cria-se uma resistência (como quem se prepara para viver uma situação ruim – resposta do corpo com temperatura e respiração aumentada) e depois disso vem um esgotamento significativo e nesse momento o corpo fica mais vulnerável e com a imunidade baixa, propício a doenças diversas.
Portanto perceber como as mudanças e acontecimentos nos afetam, sejam eles em qualquer âmbito da vida, é necessário para nos darmos conta se um fator estressor está acontecendo de forma que nos desafia e motiva ou, se trata de uma situação (pode ser passado, presente ou preocupações futuras) em que esgota e a abordagem utilizada traz malefícios a vida. Se a segunda situação for familiar para você é importante buscar ajuda e recursos para que isso não se potencialize e acarrete em adoecimentos maiores.
Fonte pesquisada: MYERS, D.G. Psicologia, 7º Edição – Editora LTC, 2006, RJ.
Psicóloga Josiele de Souza – CRP 06/115607
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