De acordo com especialista na área, mudança no padrão de comportamento da sociedade que se tornou mais digital pode aumentar o montante de dados gerados diariamente pelas pessoas
Em uma realidade em que o digital é cada vez mais frequente e presente no dia a dia das pessoas, profissões relacionadas a este “novo mundo” serão, cada vez mais, exigidas no mercado de trabalho. De acordo com levantamento do LinkedIn, Cientistas de Dados e Engenheiros de Dados serão dois dos 15 profissionais destaques de 2020. Além disso, o “novo normal” do pós-pandemia também promete mais oportunidades para profissionais que trabalham com extração e análise de dados, segundo coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Big Data do Centro Universitário IESB, Sérgio Côrtes.
O trabalho desse profissional consiste, principalmente, na organização de um montante de dados gerados pela sociedade diariamente. Essas informações que são organizadas por este especialista são analisadas e transformadas em estatísticas por Cientistas de Dados. Com a pandemia, é possível verificar que o padrão da geração de dados se alterou, com o aumento do e-commerce e do teletrabalho, que geram novos tipos de informações em volumes diferentes. “Tem a tendência de um teletrabalho muito maior, o comércio de uma forma geral deve migrar de uma estrutura mais presencial para um modelo mais eletrônico. Isso talvez gere uma quantidade de dados maior que vai ser analisado e entendido segundo essas novas formas das pessoas viverem”, explica Côrtes.
Por isso, a presença desse profissional nos mais diversos nichos de mercado deve ampliar. Com a participação deles em determinados negócios, é possível ampliar a taxa de conversão de vendas, análise de público e outras tarefas, por exemplo. A abrangência de atuação da área deles, contudo, vai para além do comércio. “O impacto é grande também na educação e outras áreas. Além disso, ampliou-se a percepção de que existe a possibilidade de trabalhar sem fronteiras. Pode-se atuar tanto em uma empresa de Brasília, como da Europa e por assim vai”, ressalta.
Cidades inteligentes
O mundo também vê transformações ainda mais marcantes quando o conceito de Cidades Inteligentes aparece. Em cidades como Londres, na Inglaterra, já pode-se notar o uso de compartilhamento inteligente de informações para melhorias na segurança pública, transporte e outros. “Quanto mais conectividade você tiver, melhor você vai poder implementar as tecnologias para as cidades inteligentes. Semáforos inteligentes, câmeras para fazer o acompanhamento de trânsito e segurança pública. Isso se junta, por exemplo, com a área de Big Data, porque na prática você só consegue melhorar o que você consegue avaliar”, indica.
O profissional especializado em Cidades Inteligentes pode trabalhar tanto na esfera pública como privada. “Você tem um profissional com um mercado de trabalho muito grande que acompanha e supervisiona projetos na área pública e executa atividades nas instituições privadas”, observa.
Bruno Santa Rita, é assessor de imprensa do Centro Universitário IESB.atendimento5@ptexto.com.br