Dalvani Caramez e Fláudio ficaram de fora. Dra. Ruth e Sergio Montanheiro nem disputaram.
A eleição de 2020 deixou políticos tradicionais e com nome de relevância fora do cenário municipal. Os resultados apontam renovação na câmara de vereadores. Dos 17 vereadores, todos tentaram a reeleição, somente 10 conseguiram votos para voltar a casa de leis.
Entre os políticos tradicionais que foram varridos nas urnas na tentativa de ocupar uma vaga na câmara, estão:
Professor Fláudio, conseguiu 901 votos deixando para trás os bons tempos em que tinha cadeira cativa na câmara. Lembrando que na eleição de 2014 o Professor teve 61.347 votos na disputa de uma vaga de Deputado Federal e grande parte desses votos saídos de Itapevi. Eleito três vezes vereador e vice-prefeito da cidade, é militante do PT desde a década de 1980.
Dalvani Caramez também não se deu bem na tentativa de ocupar uma vaga na câmara, ex-prefeita de Itapevi e esposa do também ex-prefeito e ex-deputado João Caramez, criou muitas expectativas no meio político. Obteve somente 1.239 votos, quando se esperava muito mais, uma vez que carregava o status que o sobrenome da família lhe confere. Não lhe valeu muito (pelo menos agora) fazer parte da família que emancipou e por diversas vezes governou a cidade.
Dra. Ruth que outrora surfava nas ondas da popularidade, se filiou no PSDB e não disputou a eleição. Mas, fez aparições nas redes sociais indicando aos eleitores o seu candidato a vereador Jaci Pinheiro do PT. Foi um fiasco total, Jaci teve 203 votos apenas, evidenciando a incapacidade de transferência de votos.
Sergio Montanheiro, esse talvez prevendo uma tragédia nas urnas, praticamente se despediu da política. Após colher algumas derrotas nos últimos anos o também ex-prefeito e ex-vereador de Itapevi não deu as caras nessas eleições. Pelos menos publicamente, diferente do que fez nas eleições de 2016 quando apoiou o atual prefeito Igor Soares.
O histórico de já terem ocupado cargos de importância, o histórico de mandatos consecutivos e os anos de vida pública não foram suficientes para garantir o aval do povo para ocupar cargos na Câmara de Vereadores.
Será o fim da velha política em nossa cidade? Não. Mas, com certeza o início de uma nova era. Com novos nomes surgindo e novas práticas na condução da coisa pública. O recado foi dado e o político que não se profissionalizar fará parte do passado, cairá no ostracismo das velhas práticas.