terça-feira, novembro 19, 2024
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PAIS DE FILHOS ADOLESCÊNTES – Quem é seu filho/filha?

Por Josiele de SouzaPsicóloga

“Adolescência é aprendizagem, cada um ao seu tempo para crescer e mudar.” Elis Palma Priotto – Dinâmica de Grupos para Adolescentes.

Quem já passou pela adolescência provavelmente terá boas e más lembranças de uma época demarcada por conflitos, mudanças, enfrentamentos e a SENSAÇÃO DE QUE NINGUÉM TE ENTENDE. Tem coisas que não muda, essa fase de transição é uma delas, independente da época, ser adolescente é vivenciar esse processo.

O adolescente está em busca de referenciais, experimentando e rejeitando o que o ambiente lhe oferece, nem sempre de forma consciente, o que lhe proporciona momentos de angustias e conflitos internos profundos, afinal a sua personalidade e autossuporte estão em construção.

Há situações em que ao nosso olhar (de adulto) pode parece simples, mas para eles (adolescentes) é um sofrimento real e de muitas nuances, portanto é importante validar e escutar a forma como enxergam um acontecimento, sem julgá-los como fracos ou que é uma frescura e/ou qualquer outro adjetivo. Essa forma de lidar tende a bloquear a comunicação entre os adultos e os adolescentes, anulando a possibilidade que o jovem encontrou para falar de sua dor, sofrimento e necessidade.

Atitudes como essas não favorecem a relação saudável entre pais/cuidadores e filhos, ao contrário, reforça o pensamento de que ninguém o entende e que o melhor é se calar e retrair. Ao se calar o jovem buscará outras formas de lidar com o que estão sentindo, e muitas das vezes, tais manejos podem ser desajustados e causar-lhes danos significativos.

Observe sobre como seu filho/filha está em cada um dos aspectos listados abaixo:

  • Desempenho escolar
  • Relações afetivas com amigos, familiares, etc.
  • Interesse e disposição para atividades diversas,
  • Comunicação verbal – o que ele verbaliza na maior parte do tempo?
  • Aspectos corporais – postura, cuidado com o corpo, aceitação do corpo,
  • Aspecto emocional – Humor, nível de agressividade e stress, motivação ou desmotivação, etc.
  • Aspecto alimentar – que alimentos são ingeridos, qual a proporção muito/pouco?

Nem sempre o jovem dará abertura para os pais acessarem o que passa em suas vidas, porém dê o voto de confiança e deixe claro que ele tem uma rede de apoio confiável. E se perceber que existe um sofrimento ou desajustamento comportamental que lhe cause preocupação, não estie e busque ajuda profissional.

Psicóloga Josiele de Souza – Crp 06/115607

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