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Mandato Coletivo: Ana Laura Cardoso é eleita codeputada e irá representar Itapevi na Alesp

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Ana Laura Cardoso Oliveira vai representar Itapevi como uma das integrantes do mandato coletivo Monica do movimento pretas, que conquistou 106.781 votos, sendo 769 votos no município.

Ana Laura é chefe de gabinete do mandato da vereadora Luana Alves, além de militante de um dos maiores movimentos de educação popular do Brasil, a Rede Emancipa.

“Vontade de mudar as coisas” é assim que Ana Laura Cardoso Oliveira, de 28 anos e mãe de dois filhos pequenos, define seu objetivo de vida.

Ana Laura Cardoso codeputada estadual eleita 2022

O início na vida política começou há mais de 10 anos, mais precisamente em 2011, quando ingressou no cursinho popular Chico Mendes, da Rede Emancipa. Mas foi somente dois anos depois que foi compreender todo o seu potencial político. “Mesmo tendo começado no cursinho, só fui me entender na política após a manifestação de junho 2013 , me filiando ao PSOL em 2014, após as eleições em que a Luciana Genro se tornou grande referência nacional “, afirma.

Ana Laura afirma que é militante do movimento popular cultural e periférico , do movimento negro e feminista. “Sou das quebradas, sou cria de Itapevi, mas circulo pelas periferias da zona oeste à zona sul de São Paulo”.

Em sua trajetória já atuou em diversas frentes, entre elas no movimento de juventude com estudantes secundaristas, participou das ocupações das escolas em 2015, atuou construção de saraus nas praças de Itapevi, Além disso, é chefe de gabinete no mandato da vereadora Luana Alves, de São Paulo , e integra o coletivo feminista Juntas.

Consciente de que em 2022 o país terá uma eleição histórica, tanto no âmbito federal como no estadual, sabe que não será fácil eleger um grupo de mulheres negras e vindas de regiões periféricas. “Será necessário combater ilusões e enfrentar o que há de pior na política: o fascismo. Mas podemos e devemos ter esperança”, indaga. “As mulheres foram as mais atingidas com a pandemia, as mães as que mais sofreram sem espaço para suas crianças, as pretas as que mais morreram e as que mais cuidaram, por isso nossa luta é pela vida, educação, cultura e pela nossa verdadeira história”, finaliza.

O que são as Pretas?
Monica do Movimento Pretas 50900 pelo PSOL é uma campanha movimento composta por 7 mulheres negras, encabeçada pela deputada estadual Monica Seixas, que foi porta-voz do primeiro mandato coletivo a deputada estadual eleita no Brasil, conquistando cerca de 150 mil votos. O intuito de ratificar a presença de mulheres negras na política e com elas seguir priorizando as pautas e lutas dos grupos vulnerabilizados, seja por gênero, raça ou classe social. Além da deputada estadual, o coletivo conta com Ana Laura Cardoso, Karina Correia, Leticia Siqueira das Chagas, Najara Costa, Rose Soares e Poliana Nascimento, que já são lideranças femininas e políticas em diferentes cidades do estado.

O Movimento Pretas, é liderado pela Deputada Estadual Monica Seixas, e concorreu a uma vaga na Alesp

A candidatura contou com apoio da vereadora Luana Alves (PSOL), da deputada estadual Samia Bonfim (PSOL), lideranças religiosas, artistas e ativistas de movimentos sociais

A deputada estadual Monica Seixas (PSOL) encabeçou a Candidatura-Movimento Pretas, que se trata de um projeto que conta com 7 mulheres negras. “O nosso formato nos permite uma atuação conjunta que vai para além das eleições, bem como nos mantém conectadas com nossos movimentos e pautas. Nossa expectativa é ter mais um mandato popular e que seja uma escola de formação parlamentar para mulheres negras”, explica Monica Seixas.

O intuito do coletivo é ratificar a presença de mulheres negras na política e com elas seguir priorizando as pautas e lutas dos grupos vulnerabilizados, seja por gênero, raça ou classe social. Além da deputada estadual, o coletivo conta com Ana Laura Cardoso, Karina Correia, Leticia Siqueira das Chagas, Najara Costa, Rose Soares e Poliana Nascimento, que já são lideranças femininas e políticas em diferentes cidades do estado.

Najara, por exemplo, foi candidata a prefeita em Taboão da Serra nas últimas eleições, sendo uma das mulheres mais votadas da história da cidade. Karina é suplente do mandato de vereança do PSOL, em Osasco. Rose, do coletivo ‘Juntas por Barueri’, terminou as últimas eleições em sétimo lugar. Ana Laura é chefe de gabinete do mandato da vereadora Luana Alves, além de militante de um dos maiores movimentos de educação popular do Brasil, a Rede Emancipa.

Já Poliana é professora da rede estadual, representante da APEOESP – o sindicato dos professores. Letícia Chagas, apesar de ser a mais jovem, já conta com a experiência de ter sido a primeira presidente negra do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP, um dos mais antigos do Brasil. Juntas, elas representam um grupo social que, apesar de majoritário na sociedade, ainda é subrepresentado nas casas legislativas, as mulheres negras.

“Já somos um coletivo. Todas nós tomamos decisões em conjunto e priorizamos as mesmas pautas, que tem sempre a periferia como centro. Agora desejamos abrir mais espaço na Alesp e ampliar a presença de mulheres negras em um espaço predominantemente hetero, branco e machista. Um retrato disso é a violência política que a deputada Monica Seixas vem sofrendo, como quando dizem que colocarão cabresto em sua boca”, finaliza Luana Alves, que além de vereadora na cidade de São Paulo, é uma das coordenadoras da campanha.

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