quinta-feira, novembro 21, 2024
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CRÔNICA: TENTANDO ENCONTRAR UMA RAZÃO

Dizem que quando chegamos nos trinta, atingimos a idade da razão… Assim disse Jean Paul Sartre, em seu primeiro livro de sua trilogia Os Caminhos da Liberdade…  Mas não existe uma preocupação assim… tão séria, se a pessoa continua transbelhada… Perai, a palavra transbelhada existe???… Não sei… E se não existe, passa a existir, aqui e agora… 

Tudo bem, voltemos à discussão inicial, que gira em torno do… Ser ou não ser… Eis uma questão real… E muito complicada… Bora refletir: se atingimos a idade da razão, obviamente, deveríamos incorporar um personagem equilibrado, tendo a sensatez e a coerência, como as grandes referências… 

Mas dando uma olhada nos arredores, o que mais se vê, é nego completamente desacorçoado… Há!!!… Não ria, porque a questão é séria!!!… Lembro que quando eu era pequeno, ouvia minha avó falar que o mundo estava de ponta cabeça, que certos fatos pra ela, eram sinais de um fim de mundo iminente… Fico aqui imaginando se dona Anita ainda vivesse, o que ela sentiria, o que ela pensaria, e principalmente, o que ela falaria…

É sério… 

A coisa tá feia… Tem nego apostando na desgraça pra se dar bem… O poder a todo custo, sem se preocupar com o ônus, de quem que seja… Cada pensamento, cada olhar, cada movimento, tem sua importância, na busca doentia por cada vintém…

E pra fazer de meus dias uma espécie de comédia, nem um pouco divina, mas que alivia, ou seja, rir pra não chorar, imaginar um lugar tranquilo, e não tantos infernos… Ok, Dante???… Me armo de dedo, abro o Zap no meu depósito específico, e invento histórias, faço um desenho assim, meio desfocado, meio desafinado, coisa típica de criança, roubo coisas da minha própria geladeira, sacaneio com amigos nas redes sociais, e principalmente, riu das brincadeiras que invento… 

Mais uma vez cito a minha mãe Cecília, que dizia: tudo passa… E aí vem aquela frase: amanhã vai ser outro dia… Ou será que é: amanhã será outro dia???… Bem, aqui podemos aplicar aquela máxima da matemática: a ordem dos fatores, não altera o resultado do produto… Produto???!!!… De onde saiu isso???!!!… Ai já tenho que falar em mercado, em empreendimento, em contratação de trabalhadores, que vão gerar e discutir a ideia da mais valia… Então é melhor parar, porque senão, vou ter problemas com ideologias, e hoje, lembrando Cazuza, e já compactuando, digo que, eu quero uma só pra viver… 

Tudo bem, não me critique, porque eu sei, e sei que você sabe, que a vida é feita de contradições… Por isso que eu amo e odeio… Também por isso, hoje eu estou aqui, e amanhã poderei não estar… Então eu me sento numa sala de estar, ou à uma mesa de bar, e tomo uma, duas, três, quatro doses de uma bebida forte, pra me aliviar, pra me limpar, pra me dar aquele jogo de cintura, para encarar todo tipo de olhar… Mas agora vou me indo, porque já se faz longe e eu moro tarde, ok???…

É isso…

Grande abraço a todos…

Joaquim D Toledo…

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