quinta-feira, setembro 19, 2024
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CRÔNICA: UM ENCONTRO NA MADRUGADA – POR JOAQUIM BRANDÃO

Estava eu dormindo profundamente, madrugada adentro… Sonhava com algo incerto, um tanto quanto indefinido… Ou devo falar totalmente indefinido… E, de repente, veio a vontade de descarregar a bexiga… Nesses momentos eu agradeço à natureza, por me tirar de uma situação, vamos dizer, um tanto desagradável…

Mas antes de pegar o rumo do banheiro, sentei-me na cama e peguei o celular… Quando acordo de madrugada, sempre dou uma olhada no Zap, que é a única rede social que me restou… Por meio do Zap, me mantenho conectado com o mundo… Se não for com o mundo, chego até algumas periferias… 

Há!!!…

E assim que abri o Zap, dei de cara com uma pessoa nova… Sem nome… Todos os meus contatos estão denominados… Depois de um tempão de uso dessa rede social, entendi a importância de denominar cada um deles… Perdi muito contato legal, por causa de um celular velho que vivia travando, e na volta, zum… 

Cutuquei o tal contato novo pra ver quem era e vi o texto que a pessoa havia me deixado:

Oooooooo. Sumido…. Carai.

Jorge. Campinas…

Jorge Campinas!!!…

Sim, fiquei extremamente surpreso… Eu havia perdido o contato com o Jorjão há muito tempo… Venho sendo excluído dos Faces, por vários motivos, que não vale a pena comentar agora…

E Jorjão não é só um amigo, é um irmãozão… Dividimos muitas coisas e sonhamos juntos, a possibilidade de mudar o mundo… O presente que tivemos, foi perder um grande amigo, com um tiro na testa e outro no peito… Assim, a queima roupa… Salve Salve Edson!!!…

Quando eu abri o celular, era por volta das duas e meia da manhã, e quando eu o fechei, o relógio me dizia que já encostava nas quatro horas… A vontade de descarregar a bexiga, curiosamente, nós dois fizemos isso num determinado momento… Parecia que estávamos num bar, enchendo a cara, lembrando de nossas aventuras ideológicas… 

Bem, daí em diante, não consegui dormir mais, pensando em tudo o que havia falado com o Jorjão… Na verdade, achei que nem ia falar, respondi a mensagem, acreditando que ele fosse responder no amanhecer… Mas o cara estava acordado e no maior pique… O cara precisava falar, se troncou em casa, por causa da Pandemia… Sendo o velho Jorjão, ele disse que não saia muito à rua, porque azarado como ele é, podia pegar o tal vírus… Por isso, se trancou em casa e lá também trabalhava…

Vocês não têm ideia de como me sinto, num momento como esse… E é, exatamente, nesses momentos, que percebemos o quanto certas pessoas, são importantes em nossas vidas… Assim como quem me fez o favor de colocar uma mensagem, com meu fone de Zap, num Face velho… Esse ainda está no ar, mas eu não consigo mais acesso a ele… 

Um dia, Solange Bertolini, me disse que as pessoas estavam perguntando de mim no Face, e pedi a ela que colocasse a tal mensagem, e assim ela o fez… É a segunda pessoa que reencontro por meio dela… Obrigado, Solange Bertolini, por me possibilitar ter pessoas, que são parte de minha vida, de volta…

É isso…

Grande abraço a todos…


Quem conversa com ele 10 minutos não sai sem aprender algo além de ter dado muitas e boas gargalhadas.

Joaquim Brandão 

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